SELO DE QUALIDADE DA FAZENDA MONDESIR NO GP SÃO PAULO
Dream Alliance, um filho de Alpha e Netherlands, por Point Given, de criação e propriedade da gloriosa Fazenda Mondesir, da família Peixoto de Castro, foi o herói do Grande Prêmio São Paulo de 2025, no Hipódromo de Cidade Jardim. E, por uma dessas coincidências do destino, Bourgogne, filha de Agnes Gold e Pommery, da mesma farda, formou a dupla da casa, numa demonstração de força de uma das coudelarias mais tradicionais do turfe nacional. Parabéns aos profissionais envolvidos, Márcio Ferreira Gusso e Vagner Borges, treinador e jóquei do vencedor. E, também a Cosme Morgado Neto e Leandro Henrique, com as mesma funções, na segunda e brilhante colocada. Entusiasmado, para não dizer eufórico, Paulo César Peixoto de Castro, o PC, brincou com o treinador Márcio Gusso. "E não é que este seu cavalo impediu que uma terceira égua do Mondesir conquistasse pela terceira vez a melhor prova do turfe paulistas", e lhe deu abraço forte numa referência aos triunfos de Bretagne e Cisplatine na década de 80.
Uma prova de gabarito como o GP São Paulo envolve palavras como tradição, carisma, encanto, história, magia, nobreza e farda. E quando o puro–sangue ganhador do troféu enverga a blusa de uma coudelaria de tamanha grandeza em sua trajetória no turfe nacional, o páreo é valorizado por si só, São tantas lembranças emocionantes dos triunfos já conquistados pela família Peixoto de Castro. São tantas façanhas inesquecíveis. E, a presença da ala jovem da família com seus adolescentes e crianças no prado paulistano, comemorando com alegria o triunfo, transmite a certeza da continuidade, dando sequência, no futuro próximo aos feitos implementados no passado por turfistas apaixonados como Antônio Joaquim Peixoto de Castro, o Totão, que com certeza tomou generosa dose de Campari, para comemorar o triunfo de Dream Alliance.
PURO–SANGUE MELHOR APRESENTADO
Márcio Gusso soprou do ouvido de Vagner Borges para não recusar o convite para montar Dream Alliance por que tinha muita confiança de conquistar com ele o GP São Paulo. O piloto aceitou e depois de ver o filme, foi para a pista otimista de vencer a prova. Esteve impecável no percurso o jóquei do inesquecível, Bal A Bali, do Stud Alvarenga. Ainda mais experiente do que naquele início avassalador na profissão não cometeu erros no percurso. Márcio Gusso possui aquela frieza do treinador de exceção. Simpático, solícito e competente, mereceu a conquista com certeza.
JOQUEADA DA SEMANA
Vagner Borges é um talentoso piloto de peso pluma. E, sem dúvida, possui este fator preponderante nesta profissão. Sabe desde os tempos da cancha reta, no turfe gaúcho, onde começou, tirar proveito deste qualidade. Nunca sobrecarrega os seus pilotados durante o percurso. E, nos momentos decisivos, sabe ter rigor e força para somar o seu peso leve a aceleração final dos seus pilotados. Um grande jóquei que tive o privilégio de ser agente de montarias, no início de carreira, quando conquistamos três estatísticas na Gávea.
PERSONAGEM
Os criadores e proprietários de cavalos de corrida no Brasil vão deixar escapar, nos próximos dias, para o turfe internacional um grande piloto. Dylan Silva Machado, já de passaporte tirado, em breve vai viajar para o exterior, e com ajuda do irmão, Luan Machado, bem sucedido nos Estados Unidos, vai tentar a sorte contra as feras do turfe norte–americano. Jovem, enérgico e talentoso, Dylan passou a jóquei aqui na Gávea, e conseguiu se manter no topo contra um time forte de pilotos. Agora se transferiu para o turfe gaúcho, para ficar ao lado da família antes de partir. Neste meio tempo, esteve aqui na Gávea, e, também, em Cidade Jardim, onde colecionou triunfos na esfera clássica. Esta semana faturou duas provas de grupo 1, o GP ABCPCC, com Lendário Brujo, do Haras Niju, e, o GP Juliano Martins, com Teimoso. Com certeza, num futuro próximo deveremos ouvir falar dele, nos hipódromos americanos, contra Irad Ortiz Jr, John Velazquez e Luís Saez.
NA BALIZA 14 DEU MR. MAN
A milha internacional consagrou o milheiro Mr.Man, do Haras Belmont, bem conduzido por Valmir Rocha, e com apresentação de luxo de Maurício Oliveira. Esnobou a baliza 14, e conquistou o GP Presidente da República demonstrando perfeito estado atlético. Outra defensora da farda que brihou, e não deu bola para o mesmo detalhe, foi Raya Queen, reservada da coudelaria paranaense, que na pedra 17, montada pelo recém e promissor ex–aprendiz, e agora jóquei, Gabriel Santana, faturou de ponta a ponta o OSAF, Grupo1, em 2000 metros, na grama. Enquanto os jóqueis rivais poupavam suas montarias, com receio da atropelada da companheira de farda, Fuerza Viva, ele floreou e venceu. Jorge Humberto, ilustre personagem do Espaço de Leitor, no Raia Leve, tem razão. Cavalo de corrida bom, e, bem preparado, ignora este negócio de balizamento
Paulo Gama