O Jockey Club de São Paulo entrou hoje na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo com um pedido de tutela cautelar urgente para que o clube ganhe 60 dias para tentar renegociar suas dívidas dentro de um processo de mediação. É uma espécie de medida preparatória para um pedido de recuperação judicial.
Nesse período todas as execuções de dívidas, pagamentos e penhora de contas do Jockey seriam suspensos, de acordo com o pedido do clube. Nos últimos meses, o Jockey, presidido por Benjamin Steinbruch, vem sendo alvo de várias ações de penhora.
Na ação, o clube afirma que enfrenta "risco iminente de expropriação de ativos relevantes e essenciais à sua atividade" . E que "nos últimos anos, o cenário de endividamento se agravou em razão de fatores alheios ao seu controle".
A urgência dessa ação também se explica pelo fato de que, na segunda–feira, tanto a área de treinamento dos cavalos em Campinas (o hipódromo Boa Vista, "um dos seus bens mais importantes e essenciais para as atividades empresariais que exerce") quanto a sede na capital paulista serão alvo de um leilão judicial para o pagamento de dívidas, conforme decisão judicial.
A mediação já foi instalada, mas na ação os advogados destacam que ela "só terá chances de ser bem–sucedida se houver a imediata suspensão da exigibilidade das dívidas, do contrário os credores continuarão acessando o patrimônio do Jockey e perseguindo atos de constrição e expropriação individualmente em suas execuções, situação que inviabiliza qualquer reestruturação".
Se o processo de renegociação não for bem–sucedido, o passo seguinte será a recuperação extrajudicial.
Link completo da matéria: Jockey de SP pede na Justiça suspensão por 60 dias do pagamento de dívidas e de penhora de suas contas (globo.com)
Transcrito da coluna do Lauro Jardim – Jornal o Globo.