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Colunista:

Floreando, por Milton Lodi
20/01/2011 - 10h43min

O Mormo

A não ida de representantes do Jockey Club Brasileiro e de São Paulo para o Hipódromo de Monterrico, em Lima, Peru, deveu–se a um absurdo. Há um acordo internacional (Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Chile, Uruguai, Argentina e Brasil), chamado de "Pacto Andino", que tem por finalidade disciplinar problemas de ordem sanitária (assim como há a "encefalomielite venezuelana", que existe no Peru, Equador, Colômbia e Venezuela, há no Brasil a doença denominada de Mormo).

O Mormo é doença localizada, salvo um ou outro caso isolado é encontrado no nordeste do Brasil, nas regiões canavieiras, mas todos os casos completamente fora do âmbito turfista, isto é, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Para contornar e respeitar o "Pacto Andino", quando um cavalo vai da Venezuela, do Peru, da Bolívia ou do Equador para outro país, tem que ter um atestado do Ministério de seu país e firmado um acordo sanitário entre os dois países, para que uma prova diagnóstica ateste a não existência da enfermidade, da "encefalomielite venezuelana", além de outras exigências. Do mesmo modo, quando um cavalo brasileiro vai para outro país, tem que apresentar entre outros requisitos um atestado comprobatório de que não tem mormo.

O acordo é rigorosamente respeitado, e desde que assinado nunca houve quaisquer problemas quanto às enfermidades, o vai–vem dos cavalos é tranqüilo quanto a problemas sanitários.

No caso Brasil com o Peru, não há normalmente entre eles trânsito de animais. Há muitos anos, um pequeno grupo de corredores brasileiros, credenciados por provas seletivas, foi correr no Hipódromo de Monterrico. Para o Gran Premio Jockey Club Del Peru, em 2.400, foram Duplex, que ganhou e Clackson, que chegou descolocado. Eu levei o Flamengo, bom milheiro, que sofreu prejuízos no percurso que tiraram suas chances de vitória, em um páreo em 1.600 metros. A ida para lá e a estada foram ótimas, mas a volta foi muito complicada. Em lugar de um avião de carga normal, os cavalos tiveram que voltar em um militar da força aérea de lá, que também trouxe um cavalo marchador presenteado pelo governo peruano ao brasileiro. O avião não era adequado, o Flamengo caiu durante o vôo cortando–se gravemente, o avião peruano teve que fazer uma aterrissagem forçada na cidade de Rio Branco, no Acre, por exigência da aeronáutica brasileira, pois não havia permissão para aquele vôo sobre terras brasileiras, houvera invasão do espaço aéreo. Tudo contornado, o avião levantou vôo e chegou ao destino, Brasília. Lá todos os animais foram desembarcados, e o avião voltou para Lima. Em Brasília, o Flamengo foi atendido por um oficial–veterinário que cuidava dos cavalos do Presidente da República, profissional competente e que estudara veterinária em São Paulo, ficara amigo de Fernando Pereira Lima, que veio a ser em sua época o melhor veterinário do turfe paulista. O Flamengo levou cerca de 120 pontos. Outros também se machucaram, mas só o Flamengo com maior gravidade. Os proprietários tiveram que se socorrer com o Jockey Club de São Paulo, que providenciou caminhões–transporte para trazer os cavalos de Brasília.

Essa história, da qual eu participei, mostra que não é de hoje que o turfe peruano não é de primeira linha, as providências necessárias e cabíveis em eventos internacionais não são adequadas, os necessários profissionalismo e seriedade não são compatíveis com a grandeza de especiais eventos internacionais.

Em 2008, mais uma vez o amadorismo se fez presente. Desde 2006 que as autoridades sanitárias de nosso Ministério da Agricultura se empenhavam em receber uma resposta oficial das autoridades sanitárias de lá, no sentido de um documento oficial que autorizassee a ida de cavalos brasileiros para lá, documento esse normal, de rotina em casos semelhantes com outros países, e atestados de sanidade e declarações oficiais de que os animais em questão não eram portadores de quaisquer moléstias inclusive Mormo e que pelo menos nos últimos 6 meses não estiveram em áreas em que há essa doença, documentação normal para permitir o ir e vir, respeitando o "Pacto Andino", e as autoridades sanitárias peruanas mudas a respeito. A insistência nesses últimos dois anos não obteve resultados, a resposta evidente, normal, nunca foi recebida. Menos de um mês para o evento, ainda sem falar da devida autorização, o Jockey Club do Peru informou ter conseguido vôos de ida e volta. Para uma viagem dessas, os animais têm que ser vacinados pelo menos um mês antes, papelada tem que ser providenciada, enfim, todas as práticas necessárias carecem de tempo, além da resposta que o Jockey Club Brasileiro e o nosso Ministério da Agricultura continuavam aguardando e que não veio apesar de insistentes solicitações.

O absurdo é de tal ordem que dá margem a que se admita um despropósito. Nas 23 edições do Clássico Latino Americano até então, o Brasil vencera 8 vezes, e a Argentina, o Chile e o Peru, 5 vezes cada.

O Brasil não participou no Peru mais de uma vez, sempre por problemas da organização de lá, inclusive por falta de transporte, competência do país promotor da prova. As providências não são tomadas com as devidas antecedências, dá até a impressão de que não há interesse da ida de animais de outros países.

O Jockey Club de São Paulo está na mesma situação do Brasileiro, pagou a sua quota e não recebeu condições de mandar um representante. Mais uma vez fracassaram as autoridades hípicas peruanas, se é que elas queriam mesmo a participação dos cavalos brasileiros.

Mas afinal das contas, e o tal do Mormo? É uma doença infecto–contagiosa, e ela merece uma atenção maior e especial das autoridades governamentais brasileiras. Seria possível erradicar essa doença? Então que, se for o caso, até sejam sacrificados todos os animais portadores da doença, não importa quantos. Se for o caso de medicações, que elas sejam providenciadas. Se for o caso de estudar uma vacina, que ela seja logo pesquisada. Enfim, há que ser encontrada uma solução.

O governo brasileiro não pode mentir, dizer que no Brasil não há Mormo, e enquanto não acabar com essa doença tem que tomar providências, o que necessita da compreensão e contrapartida dos outros países, o que não encontra em relação ao Peru.

De 1981 a 2007, o Clássico Latino Americano não foi disputado. De 2000 a 2003, e nas 23 versões foi corrido na Argentina 7 vezes, no Chile 6 vezes, no Brasil 4 vezes, no Peru 3 vezes, no Uruguai 2 vezes e na Venezuela 1 vez. O Brasil venceu 8 vezes ( 4 no Brasil e 4 fora), a Argentina 5 ( 4 na Argentina e 1 fora), o Chile 5 ( 5 no Chile), e o Peru 5 ( 3 no Peru e 2 fora).

Voltando ao Clássico Latino Americano de 2008, mais uma vez o Peru mostrou não estar completamente preparado para esse tipo de evento. As providências não são tomadas a tempo, prazos regulamentares são ultrapassados, a correria final na administração do caso muitas vezes não consegue acertos fundamentais à realização do evento. O mesmo não acontece quando do Brasil, do Uruguai, da Argentina ou do Chile, só quando do Peru.

E quem ganhou o Clássico Latino–Americano no Peru, em 2008? Precisa perguntar?

Em 2009 o Latino–Americano foi vencido pelo Brasil no hipódromo de Cidade Jardim, São Paulo, e em 2010, no Club Hípico de Santiago, no Chile, a vitória foi dada de presente para égua chilena, que em qualquer outro hipódromo do mundo seria desclassificada, tendo vencido por meia cabeça um prejudicadíssimo cavalo brasileiro.

Mas, e o Mormo, o Ministério da Agricultura vai enfim tomar providências?



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