Na Argentina, turfe parado preocupa a todos 10/07/2020 - 09h14min
A falta de um cronograma, ou protocolo, por parte do governo para o retorno das corridas de cavalo em solo argentino, tem causado impaciência, ansiedade e até um certo desespero nos diversos setores que integram a indústria do turfe naquele país. Os proprietários têm tido expressiva despesa no pagamento do trato dos seus puros–sangues, alojados nas cocheiras dos hipódromos de San Isidro, Palermo e La Plata. Mas, apesar do grande amor pelo esporte, sem a disputa das corridas, não acontece nenhum tipo de faturamento. E, sem retorno financeiro, pois, evidentemente não acontecem vitórias ou colocações, alguns já pensam em se desfazer dos animais, devido à falta de perspectiva. Há três semanas, num encontro com representantes dos hipódromos, as autoridades acenaram com a possibilidade de as corridas recomeçarem em agosto. Porém, até agora, há um silêncio desesperador na mídia.
Esta ausência de um comunicado, ou pelo menos, algum tipo de informação, tem deixado as pessoas que vivem do esporte atônitos, sobretudo os profissionais de turfe, cavalariços, jóqueis e treinadores. A exemplo do que acontece aqui no Brasil, e em todo mundo, eles dependem das comissões conquistadas nos páreos para o seu sustento e o de suas famílias. No momento em que as corridas foram paralisadas, o brasileiro, Francisco Leandro, era o líder da estatística, com 74 vitórias. Além dele, mais três jóqueis brasileiros atuam no turfe argentino, Altair Domingos, José Aparecido, e o recordista mundial, Jorge Ricardo. O consagrado treinador, José Luiz Aranha, também está por lá. Vários proprietários brasileiros importantes possuem cavalos na Argentina, tais como o Haras Phillipson, do presidente do Jockey Club de São Paulo, Benjamin Steinbruch, e o Stud Rio Dois Irmãos, entre outros.
Por Paulo Gama |