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Colunista:

Floreando, por Milton Lodi
15/03/2012 - 10h44min

CURIOSIDADES VIII

Todos os páreos tem dois resultados, que normalmente viram um só, mas de vez em quando são dois mesmos. Após a corrida, com a repesagem em ordem e com o percurso entendido como normal, a Comissão de Corridas confirma o resultado da pista. Para efeito de apostas, aquela ordem de chegadas é a que vale. Mas há ainda os exames anti–dopagem, e em função de eventuais anormalidades pode haver desclassificação e o resultado, a ordem de chegada, pode ser alterado. Assim, se não houve anormalidade, o resultado da pista é confirmado, os dois resultados viram um só.

Mas se houver posteriores alterações na ordem de chegada, é essa segunda ordem que prevalece para efeito de pagamento dos prêmios e como resultado oficial do páreo. São dois resultados do mesmo páreo, um para efeito de apostas outro como resultado oficial. E não poderia ser de outra forma, pois o resultado oficial tem que aguardar o resultado dos exames e os apostadores não podem ficar vários dias esperando para receberem as suas eventuais apostas vencedoras.

Em um dia de meu aniversário, fui à tarde às corridas em Cidade Jardim, quando um cavalo meu iria correr um páreo forte, dificil. Quando os competidores foram para o galope de apresentação, vi que o meu cavalo estava de cabeçada e rédeas brancas. Fui imediatamente ao meu treinador, José Silvestre de Souza, o saudoso Zé Pinto, e perguntei que história era aquela, ele sabia que eu só gostava de cabeçadas e rédeas da cor normal, de couro. Ele ficou feliz quando eu toquei no assunto e me respondeu dizendo que o material branco era um presente de aniversário dele para mim. Fingi que tinha gostado, agradeci, e juntos assistimos a uma linda vitória. Desde então, todos os meus cavalos passaram a correr de cabeçadas e rédeas brancas. Assim foi até a morte de Zé Pinto. E, até hoje, prefiro e peço material branco, em uma silenciosa e grata recordação de um ótimo profissional e melhor ainda, ser humano. Até o Gourmet, quando venceu o G.P. Brasil, estava de cabeçada e rédeas brancas.

Manduro foi um extraordinário corredor, nascido na Alemanha, ele fez a sua campanha nas pistas alemãs e francesas. Correu dos 2 aos 5 anos sempre contra o que havia de melhor à época na Europa, terminando com 18 apresentações, 10 vitórias, oito boas colocações e com o título de melhor corredor da Europa aos 5 anos. No seu último ano, correu 5 vezes mantendo invicto e, após vencer com autoridade o Prix Foy, prova preparatória que serve de teste para o Arco, e com isso, passando à iminente favorito para a mais charmosa prova do turfe mundial. Apresentou–se com um posterior direito lesionado, provavelmente, por um acidente de percurso, uma fratura no boleto que subia pela canela obrigou a colocação de quatro parafusos, encerrando a campanha do campeão.

Foi para a reprodução e os seus filhos, logo na primeira geração, já se mostram de ótima qualidade, correndo em provas nobres e ganhando provas importantes de grupo. O veterano treinador campeão André Fabre, responsável por repetidas e constantes vitórias como treinador de campeões, das maiores provas nobres européias, declarou que Manduro havia sido o melhor corredor que ele havia treinado. Com um impressionante índice de fertilidade, Manduro deixou no Brasil em 2011, um patamar superior para a criação brasileira.

Houve época em que o turfe brasileiro tinha as suas corridas enriquecidas pelos extraordinários jóqueis chilenos. Foi uma época que não teve continuidade, o Chile já há muitos anos não produz azes como Luiz Gonzalez, Oswaldo Ulloa, Juan Marchant, Luis Diaz, Francisco Irigoyen, Emidgio Castillo, Juan Zuniga, José Salfate e muitos outros. Eram fantásticos, entre as muitas curiosidades praticadas por eles, para mim uma das mais significativas, aconteceu não me lembro se com Marchant ou Diaz. Foi logo no início da sua transferência para o Brasil, quando um treinador e um proprietário recomendaram que o cavalo corria melhor de trás, devia ser guardado para uma atropelada na reta final. Para grande surpresa, cem metros depois da largada o chileno levou o seu cavalo para a ponta, e para desespero do treinador e do proprietário, nela se manteve. Na reta, acionado, o cavalo destacou–se e ganhou bem. Após a repesagem, foram perguntar ao chileno porque ele havia contrariado as instruções, era para correr atrás. A resposta veio simples, ele entendera que o ritmo da corrida era suave, o que contrariava as características do seu pilotado, de modo que ele resolvera correr de trás, mas na frente. A noção da intensidade do ritmo, privilégio apenas dos bons jóqueis, era detalhe comum entre aqueles grandes azes chilenos.

Burguette era um argentino tordilho cinza–chumbo, de propriedade do Conde Andrea Matarazzo. O Conde era um pequeno proprietário, amigável e muito entusiasmado pelo seu cavalo. Todas as vezes em que Burguette estava inscrito, o Conde, em sua natural vaidade e com entusiasmo, achava que o seu cavalo ia ganhar. No Hipódromo, em São Paulo, os turfistas gostavam de ver o tordilho cinza–chumbo com a farda azul celeste com muitas pequenas estrelinhas vermelhas ou grenás, era uma apresentação bonita aquela combinação de corres. Burguette não era um cavalo de padrão clássico, mas também não era um matungo, era um bom ganhador, e cada vitória era uma festa para o Conde. Burguette, já mais para o fim da campanha, andou dando frustrações, ele perdeu alguns poucos páreos, mas naquela semana tudo parecia conspirar a favor, Burguette iria mesmo ganhar. O Conde, dentro dos limites de sua esmerada educação, estava eufórico e a todo mundo anunciava a iminente vitória do seu cavalo. Burguette corre e perdeu mais uma vez. Os turfistas foram ao Conde, Burguette parecia uma barbada, e mais uma vez perdera. Perguntaram ao entristecido Conde o que havia acontecido e, ele simplesmente respondeu, com a sua fala italianada “No sê, abandonê o turf”.

De vez em quando, eu conversava nas corridas com Antonio Alfredo Ricardo, o pai do Ricardinho. Antonio Ricardo sabia tudo de corridas, àquela altura ele treinava uns poucos cavalos e tinha muitas histórias. Certa vez, ele contou–me, que havia sido convidado para montar uma égua do Haras São José e Expedictus, que vinha de fracassos inexplicáveis. Sempre como favorita e o Stud resolvera experimentar o regime de freio. Antonio Ricardo galopou a égua em trabalhos, ela era mansa e corria com a cabeça baixa, muito mais baixa do que o normal, o pescoço para baixo. Dada a largada, a égua colocou–se bem, acompanhou a corrida com facilidade e na entrada da reta firmou as rédeas para um bom apoio, levantando a cabeça da égua, a fez correr. A égua não progrediu, ficou por ali em mais uma derrota até então inexplicável. Mas Antonio Ricardo pediu ao treinador uma nova oportunidade, que lhe foi concedida. Dessa vez, sempre com a égua com a cabeça “mergulhada”, entraram na reta final, de rédeas frouxas. E, assim Ricardo a exigiu e ela correspondeu. Venceu logo umas três corridas. Antonio Ricardo explicou–me, que o ponto de equilíbrio da égua, exigia uma cabeça bem baixa, com a cabeça levantada a égua perdia o seu melhor equilíbrio. Eu perguntei a ele se montar e correr e montar um animal com essa característica não era desagradável, com a cabeça “afundada” no chão e em alta velocidade. Ele respondeu que não, que um bom jóquei tinha que procurar saber a melhor condição de equilíbrio de cada corredor, pois só no melhor ponto de equilíbrio o cavalo pode render o seu máximo. Antonio Alfredo Ricardo era um mestre.



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