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Colunista:

Floreando, por Milton Lodi
01/03/2012 - 10h25min

CURIOSIDADES (VII)

José D’Elia era um turfista freqüentador das corridas em Cidade Jardim. Uma de suas atividades era importar animais da Argentina. Homem sério, simpático, bem educado e conhecedor da vida turfista, tinha também bom ambiente na Argentina, o que facilitava e permitia bons negócios.

Certa vez, trouxe um lote de reprodutoras que foram às mãos de Geraldo Bordon, um empresário ligado a frigoríficos, que criava nas cercanias de Campinas (SP), onde montou um bom haras e de extremo bom gosto, de nome Haras Larissa. Geraldo Bordon ficou com todas as éguas cheias do lote, desprezando uma reprodutora de mais idade que estava vazia. D’Elia ofereceu, então, a vazia para José Bonifácio Coutinho Nogueira, do Haras São Quirino, que ficou com ela, pois era uma filha de Carapálida, um ótimo garanhão. Essa égua chamava–se Arumba, que se mostrou de primeira grandeza, constituindo–se em uma égua de base. Uma das fundamentais linhas femininas do São Quirino.

Wasfi Julio Zarzur ainda não era criador, e como proprietário tinha o Stud Eduardo Guilherme. Ele comprou um ótimo potro que se mostrou um ótimo ganhador clássico, de nome Ortille. Ortille, montado por Francisco Irigoyen, foi segundo no GP Brasil vencido pelo argentino Montecristo. Os proprietários de Montecristo comemoraram, tiraram fotografias e receberam taças, e no dia seguinte foram embora. Alguns dias depois, o departamento antidopagem verificou que Montecristo havia corrido dopado, foi desclassificado para o último lugar sem direito a quaisquer prêmios, passando Ortille a vencedor. O proprietário paulista telefonou–me, pedindo que eu fosse, em nome dele, à Diretoria do Jockey Club Brasileiro solicitar que fosse providenciada a devolução das taças do Montecristo, que eram então do Ortille. Fui falar com a Diretoria e, para minha surpresa, disseram–me que o proprietário interessado procurasse, na Argentina, os donos do desclassificado para pedir a devolução. Eu lhes disse que a obrigação era do Jockey Club Brasileiro, e se eles não pudessem ou não quisessem, que fossem providenciadas outras taças para serem entregues ao Júlio Zarzur. Os Diretores acharam graça, o Jockey Club Brasileiro não tinha mais nada a ver com o caso. Tive que dar a péssima informação para o meu amigo paulista. É assim que as coisas funcionam quando os clubes promotores de corridas estão em mãos inadequadas.

Que eu me lembre, o único filho do “Gigante Dourado” Quati foi Quatiassú, que tinha por mãe Ipiranga, nome que veio a ser do haras implantado em Jaguariúna pelo meu pai. Quatiassú tinha algumas vitórias, não era mais um cavalo novo, e tinha entre as suas características o fato de ser “queixudo”. Certo dia, em que ele era grande favorito, foi o primeiro a fazer o galope de apresentação e, de repente embalou, disparou sem que Ulloa pudesse segurá–lo. Passou pelo disco, seguiu a toda velocidade em disparada, mesmo fortemente sofreado pelo brilhante chileno. Quatiassú só diminuiu o ritmo após quase ter completado a volta toda. Cruzou o disco já devagar e Ulloa já entrou direto para o padoque, subiu à Comissão de Corridas, e pediu para que Quatiassú não fosse retirado, mostrando as suas mãos machucadas na tentativa de parar o “queixudo”. A Comissão acabou concordando, era o favorito do páreo, o espetacular Oswaldo Ulloa garantia que Quatiassú não ia perder. Quatiassú voltou à pista e foi para o partidor. Dada a largada, Quatiassú já saiu acelerado, correu já lutando pela primeira colocação, virou a reta como iminente ganhador. E, foi ali, no início da reta, que Quatiassú cansou, mas não diminuiu, porque o formidável chileno Oswaldo Ulloa, com uma energia absurda, seguia tocando com uma habilidade fora do comum. Quatiassú acabou ganhando por pouco, mesmo assim, o público das arquibancadas recebeu Oswaldo Ulloa com uma grande ovação. Afinal, aquele páreo tivera como grande vencedor Oswaldo Ulloa e não Quatiassú.

Quando o Haras Santa Ana do Rio Grande comprou as terras do então Mondesir em Bagé, ficou também com a maioria dos animais em criação. A transação efetivou–se no mês de janeiro de 1980, e a tordilha Anilité, que nascera no fim do ano, tinha menos de dois meses. Anilité foi uma ótima ganhadora clássica, e foi correr o GP São Paulo. A corrida foi desastrosa, Anilité chegou mal e com as mucosas arroxeadas. O proprietário resolveu mandar a égua para o haras, mas cedeu à solicitação do treinador Alcides Morales, que argumentou ter sido a fraquíssima performance resultante da diferença de altitude do Rio para São Paulo. Dois meses e meio depois, Anilité venceu na Gávea o GP 16 de Julho e três semanas depois teria o GP Brasil. Anilité era uma égua de grande qualidade, mas de físico mais para franzino que para encorpado, era bonita, mas não rendia bem com trabalhos repetidos e fortes. Do 16 de Julho ao Brasil, Anilité foi bem poupada. E, naquele intervalo de cerca de três semanas ela só fez um trabalho em 1.200 metros. Ela venceu os 2.400 metros do Brasil de forma espetacular. O mestre Alcides Morales sabe das coisas.



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