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Colunista:

Floreando, por Milton Lodi
12/01/2012 - 11h43min

CURIOSIDADES (I)

Muita coisa curiosa acontece no dia a dia do turfe, na criação e nas corridas. Os cavalos são seres vivos, não são máquinas, e há momentos melhores e piores, e como os cavalos não falam, compete aos homens tentar interpretá–los. E, é aí que vem o problema, pois a natural vaidade dos criadores e dos proprietários e as interpretações nem sempre corretas dos profissionais resultam em um aproveitamento não ótimo. Mas isso não impede casos interessantes e curiosos.

Uma tarde, nas corridas de Cidade Jardim, eu conversava com o excelente jóquei Eduardo Le Mener Filho, que à época trabalhava e montava os animais treinados por Mário de Almeida, do Mondesir, de propriedade do Dr. Peixoto. À época, o melhor produto da nova geração em São Paulo era Mani, um castanho forte e bonito filho de Waldmeister e Urgência. Foi quando o Le Mener me contou que na primeira fase de galopes ele estava terminando de dar uma volta devagar com um castanho moleirão, manso, que se mexia como um candidato à matunguice, quando quase parando o moleirão caiu com ele. Nada havia acontecido que justificasse a queda, que não teve consequências, o cavalo havia caído de bobo, de manso. Na volta ao padoque, o jóquei disse ao treinador que aquele potro não tinha futuro, era ruim, moleirão, não tinha vontade. Foi quando o experiente Mário de Almeida lhe disse que aquele seria o melhor potro da geração, certamente um bom ganhador clássico. E os fatos, posteriormente, confirmaram a opinião do treinador.

Na semana seguinte, nas corridas na Gávea, disse ao Dr. Peixoto o que o Le Mener me contara, com satisfação confessando que estivera errado e que Mani era um verdadeiro campeão. O Dr. Peixoto me disse então que ele não soubera desse detalhe, mas tinha certeza que o Mário de Almeida não ia errar.

Por volta de 1950, o meu pai foi ao Haras Bela Esperança, do genial José Paulino Nogueira, para comprar potros. Naquela época, o transporte era feito em trens, já que as estradas eram ruins e não apresentavam segurança. Após escolher cinco potros, o Dr. Paulino observou que no vagão do trem havia acomodação para seis, seria o caso do meu pai levar mais um. O meu pai concordou, mas insistiu para que o grande criador, que nunca indicava aos compradores o que eles deviam levar, as opiniões deveriam ser pessoais, então houve a sugestão para que fosse levado também o potro preto, franzino e o menos exuberante, um filho de Ebou e Etincelante, por British Empire. Ebou era um inglês ou irlandês de formidável pedigree internacional, só havia sido exportado porque tinha péssimo gênio. O pretinho logo se adiantou quando do início dos trabalhos, mostrou–se muito bom e foi o líder ou um deles de sua geração na Gávea. Foi inscrito como provável vencedor da primeira prova da tríplice coroa carioca. E, foi justamente quando o mau gênio de Ebou se manifestou, por mais que o Rigoni insistisse, Morumbi se negava a entrar no partidor e teve que ser retirado. O páreo foi vencido pelo ótimo Quiproquó, que veio a ser tríplice coroado.

Na semana seguinte, Morumbi vinha galopando em trabalho devagar quando, de repente, cravou e derrubou o galopador, pulou a cerca interna da raia pequena, seguiu correndo e se atirou no laguinho do peão do prado. Foi muito difícil tirá–lo de lá, teve que ser improvisada uma rampa com sacos de serragem. Cada vez mais irascível Morumbi teve que ser levado para ser redomado e adestrado em um Clube Hípico, após quase um ano voltou à Gávea, tendo até vencido um Grande Prêmio. Vendido para reprodução, ele foi para o Haras São Bento, em Valinhos, perto de Campinas.

Um dia passei por lá e resolvi entrar no haras. O proprietário Antonio Luiz Ferraz não estava. Então, pedi ao administrador que me mostrasse os filhos do Morumbi, que tinham por volta de 1 ano e meio. Ele me disse que era fácil identificá–los, eram aqueles que ficavam dando peitadas nas portas. Um outro filho do Ebou também tinha gênio ruim. O ótimo ganhador clássico Zaluar só podia correr páreos de menos de 2.000 metros, pois ao cruzar o disco de chegada ele parava, nada o demovia para continuar. Zaluar mostrou–se um ótimo milheiro clássico.

Uma das mais fantásticas histórias que conheço no mundo do turfe ocorreu na Alemanha e na Itália. Logo no início da segunda Grande Guerra, em 1939, o melhor garanhão alemão era Oleander, um filho de Prunus, que não podia cobrir a melhor égua do seu haras pela consaguinidade. Ao mesmo tempo, ocorria o mesmo na Itália o melhor garanhão do país, Ortello, um filho de Teddy, não podia receber a melhor égua do haras pelo mesmo motivo, consanguinidade. Entenderam, então, os criadores de mandar a boa italiana para o alemão Oleander, e a boa alemã para o italiano Ortello. As duas éguas ficaram cheias e voltaram para os seus países. Em 1940 nasceram dois machos. Em 1943, o Derby Alemão foi vencido pelo filho do italiano Ortello, de nome Algull, e o Derby Italiano pelo filho do alemão Oleander, chamado Orsenigo. Esse fato extraordinário teve ótimo reflexo no Brasil, pois o Haras Guanabara trouxe em arrendamento, por dois anos, o campeão Orsenigo, que deu dentre muitos outros bons, os especiais Escorial, Lohengrin e Emoción. Essa história eu considero fantástica.



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