Colunista:
Floreando, por Milton Lodi 29/07/2011 - 09h39min
2ª QUINZENA DE JUNHO 2011
O JCB determinou as dotações das provas nobres da semana do GP Brasil. Para o próprio Brasil foi determinado um prêmio de 1° lugar para o proprietário de vencedor de 400 mil reais, uma bela dotação nas atuais circunstâncias do turfe brasileiro, o que representa uma bolsa só para o páreo de 897.600 reais, um bom valor.
Mas o turfe brasileiro insiste em não abandonar equivocadas influências do turfe norte–americano, aquele que em função de invenções erradas está em fase de desmoronamento. Foi determinado um abominável Added de 18 mil reais.
Vou repetir, quem quiser inscrever seu cavalo para correr a prova terá que pagar um Added de dezoito mil reais. É a elitização dos proprietários, não dos candidatos a correr. Se considerarmos 15 prováveis inscrições, o abominável chegará à casa dos 270.000 mil reais, que serão distribuídos entre os cinco primeiros colocados.
Admitindo–se que ao proprietário do ganhador caberão cerca de 100 mil reais, pergunta–se: o que é melhor para os proprietários, pagar 18 mil reais para objetivar mais ou menos R$ 500 mil, ou não ter que enfrentar o abominável e correr para R$ 400 mil? A invenção do abominável “added” é mais um desserviço que o turfe norte–americano presta ao turfe mundial, e quem quiser também ir para o buraco, que acompanhe o equívoco.
Em meados da 2ª quinzena, estreou o cavalo Verde Mar, de criação do Haras Santa Rita da Serra e propriedade do Haras/Stud Estrela Energia. Um cavalo bom, invicto em suas duas únicas carreiras em Cidade Jardim. O cavalo fracassou em Dubai e, agora, marcou uma nova vitória, em 1.200 metros, e em tempo recorde na Suécia.
De um modo geral, está de parabéns a criação brasileira em particular o Haras Rita da Serra.
Na estatística final da Temporada 2010/2011, mais uma vez predomínio dos campeões Haras Santa Maria de Araras e o inesgotável Ghadeer.
No JCB, o criador líder foi como de costume o Araras, como sempre o melhor.
O proprietário vencedor foi o Stud Alvarenga, entusiasta proprietário de numerosa coudelaria, e contando com alguns expressivos corredores como, por exemplo: Desejado Thunder e Another Xhow.
O treinador campeão, com todos os méritos, foi Venâncio Nahid, há muitos anos um dos destaques entre os treinadores. O jóquei foi Dalto Duarte, sobrinho do primoroso Luiz Duarte. Vitória merecida. O garanhão líder foi Wild Event, do Araras, e o avô materno o inesgotável e esplêndido Ghadeer.
No turfe paulista, o Haras Santa Maria de Araras foi o líder como criador e também como proprietário, em exibições de gala. O treinador campeão foi Antonio Luiz Cintra, o Tolú, sempre um dos primeiros, e o jóquei I.Santana, que de um jóquei regular na Gávea melhorou em Cidade Jardim para um padrão superior, merecendo o título de campeão de sua categoria.
O garanhão foi Romarin, infelizmente já morto, um filho do bom Itajara. O avô materno o sempre campeão através dos anos, o extraordinário Ghadeer.
Terminando o mês de junho, a comunidade turfística brasileira continua aguardando, e isso já por 126 dias, das rédeas do Jockey Club do Paraná a quem de direito, continuando ainda o turfe do Paraná em mãos dos derrotados nas urnas por ordem de liminar.
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