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Colunista:

Floreando, por Milton Lodi
16/06/2011 - 09h42min

J.S.SOUZA, O ZÉ PINTO

José Silvestre de Souza, mais conhecido como Zé Pinto, era um mineiro que veio para o Rio de Janeiro para iniciar–se como cavalariço. Trabalhador, decente, simpático, acabou como segundo–gerente do treinador Gonçalino Feijó. Já viúvo de um casamento de mocidade no interior de Minas Gerais, entregou a filha a uma irmã que foi por toda a vida a verdadeira mãe da menina, e foi para São Paulo. Iniciou–se novamente como cavalariço, e rapidamente chegou a segundo–gerente e depois treinador. Cuidou com grande sucesso dos cavalos de Paulo Lara, um dos principais criadores e proprietários da época. Um dia, Paulo Lara chegou a cocheira com umas ampolas de remédios, era para o Zé Pinto aplicar na égua Garça, naquele momento égua clássica de tremendo poder de corridas, e que era o melhor animal da cocheira naquele momento. O Zé Pinto ponderou que a Garça não precisava de remédios, muito menos proibidos, para correr bem, mas a ordem foi de dar uma injeção ao fim da manhã de cada dia de corrida da Garça. No dia, o Zé Pinto não deu, a égua ganhou fácil, o proprietário atribuiu a vitória ao tal remédio, e o treinador ficou quieto pois o Paulo Lara não tocou no assunto. Outras várias corridas ótimas da Garça, que era uma fantástica milheira vencendo sucessivas provas importantes, o Paulo Lara feliz com os resultados, e o Zé Pinto sempre aguardando a hora de lhe ser perguntado pelos remédios, e como ele não mentia, admitia até ser despedido. Um dia, o proprietário foi à cocheira em momento em que o Zé Pinto não estava, conversou com o segundo–gerente, e ficou sabendo da não aplicação das ampolas, que lhe foram mostradas no fundo de uma gaveta do escritório. Paulo Lara nada falou com Zé Pinto, e ordenou ao segundo–gerente que no dia da próxima corrida da Garça o próprio segundo–gerente aplicasse a injeção, depois que o Zé Pinto fosse almoçar. O resultado foi mais uma vitória de Garça, os exames mostraram que ela correra dopada, foi desclassificada para último lugar sem direito a quaisquer eventuais prêmios, e o Zé Pinto suspenso por 6 meses (se não me falha a memória). O Paulo Lara assumiu a responsabilidade isentando por completo o treinador, mas a Comissão de Corridas entendeu que havia que ser respeitado o Código Nacional de Corridas, que não previa punição para o proprietário, sendo a total responsabilidade do treinador.

Terminada a suspensão José Silvestre de Souza voltou a treinar para proprietários pequenos, sempre com sucesso, sendo o último o bom Roberto Mesquita, que tinha cerca de 10 animais alojados na Chácara do Ferreira. Nessa fase do retorno do Zé Pinto, sempre que um treinador era suspenso por medicação os cavalos iam para as mãos dele, pois todos os treinadores e proprietários souberam da sua decência e competência, era o homem de confiança de todos.

Foi aí que eu precisei de um bom e confiável treinador, já que aquele que por um ano cuidara dos meus cavalos se mostrara inconfiável. Com o apoio do veterinário Fernando Pereira Lima, que conhecia muito bem o Zé Pinto, falei com o treinador, com o proprietário Roberto Mesquita, meu amigo, e demiti C.C.Cabral e contratei o Zé Pinto. Foi uma das melhores coisas que fiz como proprietário, o novo treinador, além o competente e dedicado, era amigo, confiável, de ótimo gênio. Trabalhou os cavalos do Ipiranga durante cerca de 30 anos, e uma de suas muitas vitórias foi no GP Brasil, com Gourmet.

Zé Pinto só parou de trabalhar para mim quando morreu. Com José Silvestre de Souza como treinador por cerca de 30 anos e o jóquei Antonio Bolino por 35, o Ipiranga só se beneficiou, não entravam assuntos como malandragens e afins, não se falava em jogo ou mutretas, os cavalos eram sempre preparados para ganhar, e os resultados eram brilhantes.
Saudades do Zé Pinto.



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