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Colunista:

Floreando, por Milton Lodi
12/05/2011 - 09h51min

Planejamentos de Corridas III

Antigamente, distâncias maiores só em grandes prêmios. Os treinadores, entendidos como capacitados, na verdade não sabiam treinar os cavalos para as provas de fundo, e preparavam os seus corredores das provas da mesma forma como para as provas curtas, naturalmente aumentando as distâncias nos trabalhos fortes. Além disso, não procuravam aprender com os treinadores de fora, os argentinos, por exemplo, que fartaram–se de ganhar sucessivos G.P. Brasil, muitos de ponta a ponta, enquanto que os nossos cavalos cumpriam a rotina de galopar devagar e trabalhar muitas vezes os 3.000 metros da prova. Nos páreos comuns chamados em distancias maiores, o que havia esporadicamente, os treinadores não inscreviam alegando que o páreo provavelmente não seria programado por insuficiência de inscrições, além do que era sempre um páreo esporádico que perturbava a habitual rotina de trabalhos, e os clubes cada vez mais ignoravam os páreos de distâncias maiores, porque não adiantava chamar pois os treinadores não inscreviam.

Foi aí que o saudoso e competente “seu” Thomazinho (Thomaz Teixeira de Assumpção Júnior) entendeu de quebrar esse círculo vicioso (não há páreos porque não há inscrições e não há inscrições porque não há páreos).

O “seu” Thomazinho colocou na tabela de distâncias, para cerca de um mês e meio depois, um páreo em 3.000 metros na grama, para produtos de 4 anos até 1 vitória, e deu publicidade de que aquele páreo seria programado com qualquer número de inscrições. Conversei com o treinador J.S.Souza (Zé Pinto) e o jóquei A. Bolino, e resolvemos preparar Jam Session, um tordilho de 4 anos com vitória, que era um filho de Kameran Khan em linha feminina clássica francesa com bom suporte para distâncias maiores. Embora a divulgação da obrigatoriedade tivesse sido ampla, só dois concorrentes foram inscritos, o Jam Session e um castanho treinado por C.C.Cabral, um milheiro que seria montado por A. Artim. Se não houvesse nenhum planejamento, o castanho iria acabar vencendo, pois em páreos de “mano–a mano”, normalmente prevaleciam os mais ligeiros, pois na maior parte do percurso os dois animais corriam próximos um dos outro, e só aceleravam na segunda parte do páreo, isto é, o páreo de 3.000 metros na verdade iria se transformar em um de 1.500 metros aproximadamente. Isso seria ruim, pois enquanto Jam Session estava preparado para correr 3.000 metros, o castanho iria ganhar dele, pois era um milheiro. O treinador do castanho era esperto, sabia disso, e A. Artim seria instruído para passar suave a primeira parte e só acelerar depois, e tendo mais aceleração que o tordilho teria uma ótima chance de ganhar.

A corrida do tordilho foi então planejada. Se o ritmo do páreo fosse suave, iria haver vantagem para o castanho. Se fosse médio, mesmo assim o castanho continuava com chances. A solução era um ritmo forte, o tordilho tinha que sair forte. Se o castanho não o acompanhasse desde o princípio, o tordilho teria que abrir uma boa vantagem, alvitrada em uns 16 corpos, e então aliviar o ritmo mas mantendo a diferença, e quando o castanho fosse exigido o mesmo deveria acontecer com o tordilho, que estava preparado para correr 3.000 metros enquanto que o castanho, depois de correr cerca de um quilômetro e meio teria que tentar tirar uma diferença bem grande. Haveria vantagem para o tordilho. Havia uma outra hipótese, qual seja, o castanho acompanhar de perto o tordilho desde o princípio. Nesse caso, o tordilho deveria seguir sempre exigido, e o resultado seria ainda mais favorável, pois Jam Session estava preparado para os 3.000 metros, e o castanho se limitava a 1.600 metros.

Esse foi o planejamento, no sentindo de não deixar que um páreo de distância longa se transformasse em um de meia distância.

Na corrida, Jam Session livrou mais de 10 corpos de vantagem no princípio, já que ocorreu a primeira hipótese, o castanho não acompanhou. No disco, vitória por carga margem do tordilho. Planejamento correto, o segredo no caso era o ritmo.

Hoje em dia, é comum o bom handicapeur do Jockey Club de São Paulo programar vários páreos de distâncias, maiores até no mesmo dia, e isso é fruto da inteligente iniciativa do “seu” Thomazinho, professor do esclarecido Arthur Francisco.

Mas no princípio desse processo, houve páreo comum de 3.000 metros com apenas um concorrente, pois os treinadores alegavam que os seus cavalos não “iam à distância”, quando na verdade eram eles próprios que não sabiam treinar para distâncias alongadas.

Se hoje os páreos comuns em distância maiores não causam surpresa, integraram–se às chamadas e são quase sempre prestigiadas com inscrições suficientes para serem programados, isso se deve ao saudoso e competente Thomaz Teixeira da Assumpção Júnior.  



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