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Colunista:

O PURO SANGUE INGLÊS (PSI) – PARTE I
08/04/2009 - 09h55min

O PURO SANGUE INGLÊS (PSI) – PARTE I

 
I – INTRODUÇÃO

O Puro Sangue Inglês é o resultado do caldeamento de diversas raças eqüinas, cultivadas durante séculos, em sua maioria quase absoluta, de origem oriental, às vezes, com objetivos diferentes, como para seu uso em guerras, até que a intenção foi convergindo para a velocidade, mas sem que suas qualidades genéticas originais, a resistência e consistência, fossem esquecidas.

A ciência da Genética não é exata, chegando a ser imprevisível, mas com certeza, é tendenciosa, pois se assim não fosse, não haveria razão para que alguns abnegados, entre os quais eu me incluo, levassem boa parte de suas vidas procurando desvendar os mistérios que cercam este magnífico animal.

A Genética é uma ciência que procura explicar a transmissão dos genes de ancestrais para seus descendentes, evidenciando suas características positivas (bondades) e negativas (taras), que podem se manifestar tanto na sua composição orgânica, quanto física e no seu temperamento.

Quando se planeja um cruzamento, o Hipólogo procura juntar os genes (“gene pool”) mais nobres e adequados, procurando obter o resultado mais favorável possível, a partir dos elementos e das condições disponíveis.

No Planejamento Genético, além de procurar reunir os genes melhor qualificados possíveis, o mais importante é que os genes se complementem e se ajustem (Complementariedade), num arranjo genético que poderá proporcionar a formação de cromossomos mais favoráveis, que irão resultar no Genótipo, Fenótipo e Temperamento que poderão delinear o perfil de um resultado positivo, refletido num descendente com bom desempenho nas pistas de corrida e, posteriormente, na atividade reprodutiva.

A falta de exatidão vinculada à ciência Genética ocorre porque, por ocasião do arranjo dos genes na composição dos cromossomos, nem sempre ocupam os locais (locus) mais adequados para a formação do cromossomo, não alcançando o resultado desejado, e isto está diretamente correlacionado com um fator de grande importância para que o resultado positivo seja alcançado, a SORTE.

Como afirmei anteriormente, a Genética é uma ciência tendenciosa e, assim sendo, quando se cruzam os genes mais adequados, a probabilidade de se alcançar os resultados mais favoráveis, aumenta consideravelmente, e o fator Sorte, ainda que ponderável, exercerá uma influência menos expressiva.

Por outro lado, se o cruzamento for realizado sem qualquer Planejamento Genético, a probabilidade de dar certo se torna expressivamente menor e o resultado favorável de um cruzamento com esta característica, dependerá, exclusivamente, do fator Sorte.

II – ORIGEM e HISTÓRIA

Para se conhecer, com propriedade, o Puro Sangue Inglês (PSI), sob o meu ponto de vista, considero de fundamental importância que se tenha conhecimento de suas origens e da trajetória de sua evolução e desenvolvimento, ao longo dos séculos que demarcaram e reconheceram suas características essenciais para alcançar seu objetivo maior, o de chegar à frente de seus adversários no “disco de chegada”.

Para que não venhamos a nos alongar desnecessariamente no tocante ao caldeamento das raças que contribuíram para o seu reconhecimento como uma raça eqüina com características próprias e objetivo definido, vamos partir de meados do século 17, quando foram identificados os três Reprodutores, a partir dos quais foi delineado o seu perfil físico e sua aptidão para alcançar o seu objetivo, ou seja, vencer corridas.

Ocorre que, no meu entendimento, a esses três Reprodutores deve ser agregado um quarto, cuja influência, ainda hoje, se faz sentir, inclusive visualmente, pois dele descendem todos os tordilhos em atividade nas pistas de corrida em todo o planeta, mas evidentemente, além dos tordilhos, também PSI’s de outras pelagens.

Desses Reprodutores e de cerca de 100 Matrizes de diversas origens, mas nativas da Inglaterra, conhecidas como “Royal Mares”, foi demarcada a fronteira a partir da qual foi reconhecido o Puro Sangue de Corrida, posteriormente consagrado como Puro Sangue Inglês (PSI), devidamente registrados no “General Stud Book”.

Em 1900, a influência materna no PSI, foi consagrada e registrada no fundamental trabalho do estudioso australiano, Bruce Lowe, “Breeding On the Figure System”, complementado e impresso graças a William Allison, no qual registrou, reconheceu e estabeleceu 50 Famílias Maternas, classificando–as de acordo com o número de êxitos alcançados por seus descendentes diretos, nas três principais Provas do Calendário Clássico da Inglaterra, o Derby de Epsom, o Oaks e o St. Leger.

Em 1958, o Capitão Bobinski, ampliou, complementou e atualizou o trabalho de Lowe, com o ingresso de Reprodutores, ramificando e atualizando as Famílias Maternas, através de seu “Family Tables of Race Horses”, notável documento para os estudiosos do Puro Sangue Inglês.

Não cabe aqui, discutir, analisar e detalhar cada uma das Teorias sobre o PSI pois, em meu julgamento, todas foram muito importantes à sua época, sendo que a maioria se perdeu pela falta de atualização e ajustes de toda ordem, provocando críticas inócuas, no que se reporta aos seus fundamentos.

Ao longo desta explanação da origem e evolução do PSI, entrarei como parte integrante para o entendimento de sua evolução, a partir do final do século 19, com a Teoria que venho desenvolvendo, onde o conhecimento do que convencionei chamar de Linhagens de Referência, respectivas “Bloodlines” e Alinhamentos, são instrumentos fundamentais para  a sua aplicação prática.

Desta forma, feitas estas observações, voltamos às Origens do PSI e sua Evolução ao longo dos tempos.

III – ORIGEM

No final do século 17 e início do século 18, foram eleitos três Reprodutores como os Fundadores, pelo Segmento Paterno, estabelecendo as Estirpes do que hoje conhecemos como Puro Sangue Inglês (PSI):

1º – BYERLEY TURK – 1689 – Castanho Escuro – oriundo da Turquia;

 
Byerley Turk

2º – DARLEY ARA BIAN – 1700 – Castanho – oriundo da Ásia Menor / Turquia;

 
Darley Arabian

3º – GODOLPHIN ARABIAN / BARB – 1724 – Castanho Escuro – oriundo da Ásia Central / Nedjed ou Hedjaz.


Godolphin Arabian / Barb

Vários outros Reprodutores, quase todos de “Eastern Blood” (sangue do leste), tomaram parte nesse “banquete genético” mas, apenas os Alinhamentos Paternos destes três Reprodutores foram perpetuados ao longo dos tempos, até os dias de hoje.

No meu julgamento, comete–se uma grande injustiça histórica com um Reprodutor, ALCOCK ARABIAN, provavelmente, o de Estirpe mais nobre, por se tratar de um Puro Sangue Árabe Branco da Estirpe Asil, considerada como a mais nobre entre os Reprodutores Puro Sangue Árabes que, entretanto, a partir da segunda metade do século 20, teve seu Alinhamento Paterno extinto a partir dos descendentes masculinos de THE TETRARCH, mas continuando a exercer expressiva influência genética através do Segmento Materno de vários de seus descendente, vários dos quais se revelaram excelentes Reprodutores, como ROYAL CHARGER, MAHMOUD, NASRULLAH, NORTHERN DANCER, GREY DAWN, GREY SOVEREIGN, Mr.PROSPECTOR, CARO, entre vários Reprodutores influenciados por THE TETRARCH através de seus respectivos Segmentos Maternos.

De ALCOCK ARABIAN, descendem todos os PSI’s tordilhos em atividade no Turfe mundial, fato comprovado pelo “Animal Health Trust”, de Londres, Inglaterra, entidade tecnológica altamente especializada em padrões genéticos:

4º – ALCOCK ARABIAN – 1700 – Tordilho – Puro Sangue Árabe Branco da Estirpe Asil (a mais nobre entre os Puro Sangue Árabes).

 
Alcock Arabian

Os Alinhamentos Paternos derivados desses quatro Reprodutores, tiveram sua continuidade pontuada por quatro Reprodutores que proporcionaram, com maior precisão, o delineamento do perfil físico (Fenótipo) do Puro Sangue Inglês (PSI), a partir das Estirpes dos Reprodutores Fundadores, estabelecendo um padrão físico básico sobre o qual ocorreu a evolução dos Fenótipos peculiares ao PSI.

Estes Reprodutores estabeleceram as Dinastias do PSI, perpetuando as Estirpes estabelecidas pelos Reprodutores Fundadores:

1º – HEROD – 1758 – Castanho – Grã Bretanha – Estirpe de BYERLEY TURK;


Herod

2º – ECLIPSE – 1764 – Alazão – Grã Bretanha – Estirpe de DARLEY ARABIAN;

 
Eclipse

3º – MATCHEM –1748 –Cast. Esc.– Inglaterra – Estirpe de GODOLPHIN BARB;


Matchem

4º – CRAB – 1722 – Tordilho – Grã Bretanha – Estirpe de ALCOCK ARABIAN.

Para se ter uma noção muito próxima do Fenótipo de CRAB, há uma descrição sobre uma forte semelhança com o Fenótipo de GIMCRACK (Tordilho – 1760), um dos mais famosos e celebrados “sprinters” ingleses, cujo Pai, CRIPPLE, teve CRAB como Avô Materno.


Gimcrack

As quatro Dinastias foram perpetuadas pelo restante do século 18 e 19, sempre através de seus Segmentos Paternos, até que, chegando ao século 20, para facilitar o entendimento da evolução do PSI, sobretudo em seus aspectos genéticos, estabeleci as Linhagens de Referência, pontuadas por notáveis Reprodutores, nascidos no século 20, com duas exceções que nasceram ao final do século 19, que deram continuidade aos Alinhamentos que perpetuaram as Estirpes e respectivas Dinastias.

Esse período entre a segunda metade do século 18 e o início do século 20, foi pródigo em extraordinários Reprodutores e notáveis Matrizes, mas seria preciso um livro para dissertar sobre este período, além do que, os Reprodutores que pontuaram as Linhagens de Referência, são lídimos representantes desses notáveis PSI, que tiveram por mérito primordial, dar continuidade para a evolução do PSI, seja na sua qualificação genética (Genótipo), seja na sua qualificação física (Fenótipo).

Orlando Lima – omlima@infolink.com.br



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